sábado, 30 de janeiro de 2010

Crônicas de uma garota escapista: Ida ao dentista

Me sinto inspirada a escrever, talvez seja pelo meu deplorável desempenho na redação da Unesp (se interessar a alguem, saiu ontem o resultado e eu não passei).
Ontem, as seis da tarde, eu achava que tinha sido um dos piores dias do ano, mas depois comecei a fazer piado do mesmo e me senti melhor, achei até engraçado.

Mas o objetivo dessa crônica é falar sobre a minha visita ao dentista, lugar não muito agradável, diga-se de passagem. Odeio esses lugares com cores claras e clean, pessoas com roupa idem (roupa preta é o que há \o/) e aquele cheiro estranho que só sinto quando vou a esses lugares.

Porem, ontem não fui num consultório comum, mas sim naqueles lugares onde você tira raio-x e o diabo a quatro pra mandarem fazer o aparelho (sim, vou ter que usar aparelho dentário por só-Deus-sabe quanto tempo).

Bom, a tensão já começou no estágio. Como comecei nessa semana e sou super tímida, fique ensaiando umas duas horas mentamente como faria pra pedir para sair mais cedo. Quando deu minha hora, organizei as coisas e fui pro consultório ou seja lá como se chama aquele lugar.

O dia amanheceu frio, por isso dui de jaqueta comprida trabalhar e, como o sol nem deu as caras, fiquei com ela o dia todo, por preguiça de carregar na mão. Cheguei no local e, para a minha surpresa só tinham crianças acompanhadas de suas mães. Quando chegei, tinham umas duas. Elas me olhavam meio assustadas. De repente chega uma garota, com uma cara não muito animada (não consigo ser muito falsa, meu rosto logo mostra que eu tô odiando estar lá, ainda mais sozinha), blusa preta comprida, e minha bolsa repleta de bottons de bandas de metal.

Sentei meio encolhida no canto do sofá vago (me sinto desconfortável nessas situações) e fui procurar uma revista para folhar enquanto não chegava minha vez. Só tinha caras. Achava que isso era coisa de cabelereira...geralmente encontro uma epoca ou uma veja. Mas lá só tinha caras. Foi triste, nos menos de dez minutos que esperei, vi a revista quase toda (e olha que ela é grandinha). Queria saber quanto um povo aleatório que nunca vi na vida paga pra sair lá. Ok, não quero saber não.

Chegou minha vez. Acho que o principal público alvo deles deve ser crianças, porque o dentista que me atendeu falava tudo no diminutivo e isso começou a me irritar. O pior era ele pedindo pra eu tirar brinco/colar/presilha/qualquer outra coisa que tivesse no rosto e eu "não se preocupa, não costumo sair por aí com tudo isso".

Primeiro veio o raio x. Foi tenso, não pela dor, mas pelo medo. Serio, aquela coisa estranha girando em volta da minha cabeça e apitando foi tenso. Me lembrou daqueles episódios de desenhos do medico maligno e roubava o cerebro dos pacientes e e... tá, parei.

Eu, ingênua, achei que tinha acabado. Mas a pior parte ainda estava por vir. Tinha que tirar foto dos meus horríveis dentes. Para isso ser feito, necessitava da ajuda de um treco estranho pra eu icar com a boca aberta...na verdde, era como um suporte para ele consguir foografar os dentes e a gengiva. Acontece que minha boca é pequena e o negocio era muito grande. Ela ficou adormecida até alguns minutos depois que essa parte passou. E doeu muito mais porque uma espinha teimosa insiste em nascer no canto da minha boca, e quando eu a abro demais repuxa tudo e dói.

Aí ele começou a preparar a fôrma com aquele gel cor de rosa pra moldar meus dentes e perguntou, como se estivese falando com uma criança e como se aquilo fosse a coisa mais emocionante do mundo :"Preparada?" e eu, mal conseguindo mexer a boca: "Tenho mesmo ue responder?". Percebi que ele ficou meio sem graça, mas enfim, nessas alturas já tava cansada, o dia não tinha sido muito bom e ainda tinha que estar lá contra minh vontade. E aquela massinha rosa era horrivel.

Agora que parei pra lembrar de tudo e escrever, parece ser tão rápido. Mas quando estava lá, a impressâo que tinha era que tinha se passado uma eternidade. Quando saí, as crianças da sala de espera tinham triplicado, e continuavem me olhando estranho. Pela janela vi que tinha saido sol, mas continuei com a jaqueta por preguiça mesmo.

Voltando a pé para casa, percebo que todo mundo ficava me encarando na rua. Até me acostmei com isso, quase nunca saio pela rua, e acho que nunca tinha feito o caminho que fiz ontem. Mas quando cheguei em casa percebi que tinha uma massinha rosa grudada na minha bochecha D:

Nenhum comentário:

Postar um comentário